sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Recado

Para os amigos que acompanham o blog, aviso que estou atualizando ele, colocando as postagens dos dias que faltaram e fotos em alguns posts anteriores. Mas estou postando em ordem, ou seja, na data da narração, assim podem estranhar ter posts novos depois de dias que já tinham lido. Para se achar melhor, é só olhar no menu com os dias que fica do lado direito. Acho que esse findi eu acabo de postar os dias da expedição que ainda faltam. Ah, e muito obrigado a todos pelos comentários e por me acompanharem, mesmo à distância.

Abraços!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Atrasado...



A Ruta 3, a Strom e eu desejamos a todos um Feliz 2010!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Dia 26 - 20/01/2010 - Concordia (AR)/Artigas(UY)/Porto Alegre

Chega de hablar portunhol, hoje voltamos ao Brasil. Eu ainda preocupado com a possibilidade de uma multa cadastrada na aduana, chego lá e passo tranquilamente (que alívio). À partir daí, entramos no Uruguai, 200km de uma estrada ruinzinha, fronteira com o Brasil, abastecemos no posto BR de Quaraí, almoçamos por lá mesmo. Tchê, que saudade de um prato de arroz, hahahahah. Comemos e continuamos viagem.


De volta ao Brasil!

Faltando uns 250km para Porto Alegre a Strom volta a falhar, mas dessa vez de forma mais acentuada, o motor não aceitava passar dos 5000 giros, e nem de 110km/h. Ultrapassar era simplesmente impossível. Não descobri a causa do problema, mas descobri que se eu apertasse e segurasse o botão de lampejo de luz alta a moto voltava a funcionar normalmente (?!?!???!). Claramente um problema de "osmar" que foi se acentuando durante a viagem, pois o pisca-alerta já não funcionava antes, dando o indício de que já havia algo errado. Beleza então, a cada ultrapassagem eu apertava o botão de "turbo" e depois voltava a velocidade de cruzeiro de motinho 125...
A noite caiu, linda, céu aberto, cheio de estrelas, cada vez estávamos mais perto de casa e o corpo cada vez mais moído. Quase onze da noite, passamos a ponte do Guaíba, subimos pela Perimetral até um posto de gasolina, tiramos fotos, nos despedimos e partimos cada um para sua casa. Cheguei em casa sujo, cansado, mas satisfeito e com a sensação de missão cumprida depois de quase 10.000 km rodados. Conseguimos!


Mission accomplished!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Dia 25 - 19/02/2010 - Luján/Concordia

Acabei saindo um pouco mais tarde do que queria, e ainda com um chuva levinha. Na estrada a chuva parou, mas o dia continou nublado, mantendo a temperatura mais agradável. Cumpri o trecho rapidamente, e logo cheguei na província de Entre Rios, onde os camineros (policiais rodoviários) gostam de parar as pessoas para tentar arrancar alguma plata com falsas infrações. Passei por algumas barreiras, fui parado, o cara pedia documentos e tal e ficava matutando algum jeito de me arrancar $$$, mas eu dava respostas curtas e o cara me liberou.
Já na Ruta 14 fui parado, e o imbecil, não satisfeito com a minha documentação correta, ficou de verificar se eu havia excedido a velocidade em um radar 100km atrás da barreira. Putz, essa é boa... O cara chegou até a encenar um teatrinho no rádio com o suposto "radar", dizendo que sim, que a minha moto tinha excedido a velocidade, que tinha foto comprovando isso e que a placa conferia. Essa foi demais, afinal o radar pega a moto de frente, e a placa fica atrás... beleza, argumentei um pouco com o cara, mas no final das contas ele disse que ia me multar, que eu devia falar com o oficial que estava próximo a viatura para ele lavrar a infração.
Falei com tal oficial, ele me explicou que eu tinha 2 opções: ou pagava a multa na hora, com um bom "desconto", ou seguia e seria detido na aduana por ter a infração registrada. Já vacinado contra esses coiotes, disse que não tinha dinheiro e preferia pagar a multa na própria aduana, no que fui liberado.
Mesmo sabendo que era tudo um truque, fiquei cabreiro desses fdp realmente colocarem algo na aduana para impedir minha saída.
Bom, cheguei em Concórdia, parei no primeiro posto de gasolina para ligar para o hotel "Complejo Termal", onde a Rose e o Léo estavam hospedados e também para ver no GPS tinha o endereço, pois daí poderia ir direto. O GPS tinha um tal Hotel Termal, devia ser o mesmo, mas os número de telefone não batiam. Nisso, sai um policial da loja de conveniência e compensa toda a pataquada que passei com a polícia pela manhã, sendo muito solícito e gentil. Me disse que só havia um hotel desses na cidade, que eu podia ir tranquilo sem medo de errar, e me explicou todo o caminho com detalhes. Agradeci e cheguei no tal lugar seguindo as instruções dele, fica bem na frente do posto YPF em que abastecemos logo que entramos na Argentina vários dias atrás! Depois de alguma espera, reencontrei o Léo e a Rose e me hospedei com eles.  Passeando pelo parque, encontramos uma cafeteria muito bacana, pois ficava em uma cabana de madeira, a decoração era feita com antiguidades e pequenas esculturas feitas com peças recicladas. Além disso, quando entramos, tinha um cheiro muito bom no ar, que depois de falar com a dona, descobrimos ser da torta que estava sendo assada naquele exato momento. Não resistimos e tomamos café com um pedaço de torta (deliciosos) e aproveitei para tirar  fotos do lugar.


 
Café e sua decoração

À noite fomos curtir as piletas termais, mas a Rose não teve coragem de entrar, dada a higiene (ou falta de) do lugar, hahahaahaha.
Depois do merecido relax, fomos dormir para descansar para nosso retorno ao Brasil no dia seguinte.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Dia 24 - 18/01/2010 - Luján/Buenos Aires/Luján

Hoje o pessoal saiu para trocar a corrente da XT cedo, pois ela vinha apresentando problemas desde ontem. Eu segui outro rumo, peguei um bus na rodoviária de Lujan até Buenos Aires, que fica apenas a 70km daqui. Ônibus direitinho, viagem de 1 hora e pouco, e a passagem apenas 10 pesos (uns 5 reais).
Cheguei lá e saí caminhando em procura da loja Motorbikes, sozinho, só com o guia Footprint na mão e meu parco senso de direção. Caminhei um monte, achei a loja e comprei algumas peças para a moto, inclusive um par de bauletos maiores, pois aqui é muito barato. Deixei pago e saí para passear, sempre à pé para conhecer melhor o centro.
Fui na Casa Rosada, no Obelisco, caminhei por tudo, daí fui comprar um passagem daqueles ônibus de turismo com o teto aberto, mas só tinha vaga nos das 17:30, e o passeio dura 3 horas, ou seja, nao teria como fazê-lo.
No final das contas, visitei só o centro, peguei um táxi para ir no Unicenter, que é um shopping imenso. Entrei lá e lembrei de cara da Ana, ela ficar em estado de choque com os preços e a quantida de lojas, hahahaha. Comprei algumas coisas que só tem aqui na Argentina, voltei ao centro e peguei o bus de volta.
Agora estou escrevendo de um cyber, mas a máquina é tão ruim que nao consigo abrir o cartão de fotos para postá-las, então fica para depois. Amanhã o destino é Concórdia, na divisa com o Uruguai, e depois de volta ao lar.

Update: fotos de Buenos Aires!
Plaza del Congreso e Congreso Nacional


Casa Rosada

 
Prédios antigos, ruas movimentadas na capital da Argentina

domingo, 17 de janeiro de 2010

Dia 23 - 17/01/2010 - Santa Rosa/Luján

Rotina de sempre na manhã, inspecionei o fluído do radiador no reservatório e me apavorei ao constatar que continuava vazio. Em nenhum dos postos próximos se vendia o fluído, tive que sair assim mesmo, contando com a sorte para achá-lo em algum posto no caminho. Acabei achando no posto seguinte, bem simples por sinal, mas provavelmente o mais completo que vi (tinha até óleo para moto, o que não se encontra em nenhum YPF). Completei o reservatório e saí muito mais tranquilo.
O restante do dia transcorreu sem problemas, até que a 100 km de Luján a corrente da XT escapou da coroa. O Léo a recolocou no lugar, mas continuava estranha, pois em algumas partes ela ficava muito apertada e em outras na folga certa e ainda se ouvia alguns estalos dela. Bueno, tocamos assim mesmo, indo na manha e chegamos ao nosso destino. Graças ao nosso amigo GPS fomos de cara ao hotel Los Monjes, muito melhor que o muquifo que ficamos na vinda, mesmo preço, com garagem, e ainda nos ofereceram o equipamento do hotel para lavar as motos! Aliás, o senhor que nos atendeu já foi motociclista, disse que ficou 48 horas sem dormir acompanhando a final do Dakar.
Jantamos em um rodízio de pizza na frente do hotel por apenas 10 reais por pessoa! Enchemos a cara de pizza e fomos dormir, pois amanhã vou tentar ir para Buenos Aires de ônibus, enquanto o restante do pessoal vai tentar encontrar um lugar para trocar a corrente da XT e seguir para Concórdia.

Ah, dessa vez consegui tirar fotos da Catedral!


 
Basílica Nacional Nuestra Señora de Luján


Arquitetura e detalhes impressionantes



Gárgulas sempre vigilantes


 
Detalhes de algumas das esculturas

sábado, 16 de janeiro de 2010

Dia 22 - 16/01/2010 - Cipolletti/Santa Rosa

Saímos do hotel depois de um mega café da manhã (o mais completo de toda a viagem, muito bem servido). Ficamos carregando as motos e conversando com um dos recepcionistas, um cara muito bacana que estava nos contando que nas férias dele ia para a Cordilheira acampar com seu filho de 1 ano e um amigo, e iam se alimentar dos peixes que pescassem. Confirmamos com ele o melhor caminho e os possíveis postos de combustível, pois tem um trecho de uns 300km sem abastecimento nem nada. Esse trecho compreende uma parte da ruta que é chamada de "Conquista del Desierto" (Ruta Provincial 20), que é um retão de 200km que corta o deserto (e dá um sono do cão).


Exibir mapa ampliado

No final das contas ele disse que tinha um posto novo, perto do Dique Casa de Piedra, que não era mostrado no mapa, garantindo assim nossa travessia tranquila por aquele trecho. Passamos por todo o trecho com um calorão de deserto mesmo, paramos nos postos que existiam para abastecer, tanto as motos quanto nós mesmo, pois calor e vento são receita certa para desidratação, dessa vez não repetimos a burrada do dia anterior de pilotar um monte e beber pouco. Nesse tal posto novo encontramos um casal de argentinos viajando com sua Vulcan 500, acabaram fazendo o mesmo caminho que nós, pois quando parávamos em algum posto logo eles apareciam também.
Mais algumas horas de viagem, chegamos a Santa Rosa e nos hospedamos em cabanas que ficam na rua atrás do hotel que tínhamos ficado quando passamos por aqui na vinda. O local contava com piscina, não deu outra, chegamos e fomos nos refrescar, pois o dia foi sofrido. Depois jantamos no restaurante do hotel e fomos dormir.