Esperando...
Todo mundo "animado", aguardando o retorno do Léo
Obviamente estou abreviando a história, pois nessa função perdemos de 2 a 3 horas, inclusive foi difícil achar um borracheiro na cidade. Depois que o Léo finalmente achou, voltou com o pneu consertado, montamos na moto e seguimos viagem.
À partir daí o vento só ia aumentando, soltando rajadas laterais e nos obrigando a pilotar com as motos inclinadas, como em uma curva, só que na reta! Com isso, o consumo das motos aumentou, e pouco antes de chegar a Rio Gallegos a gasolina da XT acabou. Foi necessário apelar para o galão de gasolina, mas colocar gasolina no tanque através de um funil com vento de 100 km/h não é tarefa fácil. Após "reabastecer" a XT, seguimos adiante, com o vento cada vez mais forte. Era impossível engatar o overdrive na Strom, normalmente rodava em 5a. ou até 4a. marcha, tanta era a força do vento.
O mais legal aconteceu quando nos aproximamos de Rio Gallegos, e, em vez de seguir ao sul, a estrada agora tomava a direção leste. Neste trecho estranhei a falta de vento lateral e o fato da moto estar rodando suave, a 120 km/h, com overdrive engatado e motor a apenas 3500rpm. Eu não ouvia nada de barulho, só o motor da moto ronronando... o que teria acontecido? Óbvio, agora estávamos a favor do vento, que depois de nos castigar, agora nos ajudava. Foi uma delícia pilotar nesse pequeno trecho com essas condições.
Logo chegamos na cidade, ficamos um tempo procurando hotel e, como estava ficando tarde, nos hospedamos em um que parecia razoável. Depois descobrimos que o lugar era na verdade um muquifo. Coitada da Rose, ficou tão enojada com as roupas de cama que pareciam não ser lavadas a (muitos) anos que estendeu o saco de dormir sobre a cama e dormiu nele... Mas azar, eu estava tão cansado que tomei banho, saí para jantar com o Léo e o Edgar e depois fui dormir, pois no dia seguinte provavelmente atingiríamos nosso objetivo principal: Ushuaia!
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